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Descolamento de retina, saiba como prevenir e evitar problemas que podem levar à cegueira

Descolamento de retina, saiba como prevenir e evitar problemas que podem levar à cegueira

Entenda os riscos, sintomas e tratamentos dessa condição ocular que exige atenção imediata

A condição ocular séria conhecida como descolamento de retina surge quando a camada interna da retina se desprende da parede ocular, prejudicando sua função. Os motivos mais frequentes incluem o avanço da idade, lesões oculares, alta miopia, complicações de cirurgias anteriores nos olhos e enfermidades que impactam a retina, como a retinopatia diabética.

A retina é essencial para a visão, uma vez que capta a luz e transmite informações visuais ao cérebro. Lesões podem resultar em perda parcial ou total da visão, dependendo do grau e da rapidez com que o descolamento é gerenciado.

Os sintomas típicos de um descolamento de retina incluem “flashes de luz (‘fotopsia’), aumento súbito no número de ‘moscas volantes’ (pequenas sombras ou manchas no campo visual), visão embaçada e, em casos mais avançados, uma sombra ou cortina sobre a visão periférica. O descolamento de retina é uma emergência médica, e a rapidez no atendimento é importantíssimo para preservar a visão. Quanto mais cedo o problema for identificado e tratado, melhores são as chances de evitar complicações severas, incluindo a cegueira.

O diagnóstico é realizado por meio de um exame oftalmológico que inclui a dilatação da pupila para visualizar a retina. Exames complementares, como a tomografia de coerência óptica (OCT) e o ultrassom ocular, podem ser necessários para documentar o diagnóstico e avaliar a extensão do descolamento. Avanços em técnicas de imagem, como o OCT de alta resolução e a angiografia por OCT, permitem visualizar as camadas da retina com precisão, facilitando um diagnóstico precoce e detalhado.

Entre os tratamentos mais comuns para o descolamento de retina estão: vitrectomia, um procedimento cirúrgico para remover o humor vítreo e reposicionar a retina, e a retinopexia pneumática, que envolve a injeção de gás no olho para empurrar a retina de volta ao lugar. O laser também pode ser utilizado em casos menos graves para “soldar” as áreas da retina em risco.

Embora nem todos os casos possam ser prevenidos, é importante que pacientes com fatores de risco, como “alta miopia e histórico familiar,” façam acompanhamento regular com o oftalmologista, pelo menos uma vez ao ano. A Dra. Medeia Coradini, neuro-oftalmologista, cirurgiã de Retina e Catarata, diz que evitar traumas oculares e tratar condições como diabetes, hipertensão arterial, colesterol e triglicerídeos elevados de maneira adequada, são medidas essenciais para reduzir o risco de descolamento de retina”.

Dra. Medeia Coradini – CRM 161100/RQE100683, neuro-oftalmologista, cirurgiã de Retina e Catarata

De acordo com a médica nos últimos anos, novas abordagens cirúrgicas e tecnologias de imagem, como a cirurgia robótica assistida, têm melhorado os resultados no tratamento do descolamento de retina. “A pesquisa em engenharia de tecidos e medicina regenerativa está explorando maneiras de reparar a retina com células-tronco, o que pode revolucionar o tratamento no futuro”, afirma. “Estudos estão sendo realizados para entender melhor os fatores genéticos e biológicos que contribuem para o descolamento de retina, visando novas estratégias preventivas e terapêuticas. Há também pesquisas promissoras sobre o uso de dispositivos intraoculares para monitorar a saúde retiniana em tempo real”, destaca Medeia.

Muitos pacientes conseguiram superar o descolamento de retina com sucesso, retomando suas atividades diárias com uma visão satisfatória após o tratamento adequado. “Especialistas em retina estão constantemente compartilhando experiências e atualizações sobre as melhores práticas e tratamentos mais eficazes”, revela a cirurgiã.

É fundamental que as pessoas conheçam os sinais de alerta do descolamento de retina e a importância de agir rapidamente. A Dra. Medeia ressalta que a prevenção, por meio de exames oftalmológicos regulares, é uma das melhores formas de evitar complicações sérias. Ela recomenda fortemente que todos, especialmente aqueles em grupos de risco, façam check-ups regulares pelo menos uma vez ao ano e fiquem atentos aos sintomas. “A visão é um dos nossos sentidos mais preciosos e, com cuidados adequados, podemos mantê-la saudável”, finaliza.

O advogado Rosimar Ferreira enfrentou essa condição e compartilhou sua experiência ao perceber os primeiros sintomas. “Eu fiquei com uma parte escura do olho. No meu caso, não houve qualquer fator que pudesse ter dado origem ao descolamento, como impacto ou causa médica (diabetes). Não foi possível identificar a causa, que pode até ter sido um simples coçar de olho”, comenta.

Rosimar passou por uma cirurgia complexa e descreveu o processo de recuperação como desafiador, exigindo que ele permanecesse a maior parte do tempo olhando para baixo. Ele aconselha outras pessoas a evitarem impactos e esforços excessivos, que são causas comuns para o descolamento da retina.

Eduardo D’Angelo Carlos, diretor de uma ONG, também sofreu descolamento de retina, em duas ocasiões. A primeira vez foi após uma cirurgia de catarata, quando notou um sombreamento crescente na visão. “Imaginei que seria em decorrência da operação e marquei uma consulta para uns quinze dias depois. Fui surpreendido, na consulta, com a constatação de descolamento de retina,” relata Eduardo.

Eduardo D’Angelo Carlos, diretor de uma ONG

Ele expressou preocupação com a possibilidade de perder a visão, mas a cirurgia foi bem-sucedida. Mais recentemente, em dezembro de 2023, enfrentou outro descolamento devido ao deslocamento da lente implantada durante a cirurgia de catarata. Novamente, a cirurgia foi um sucesso, e Eduardo enfatiza a importância de agir rapidamente. “Não esperem um dia para providenciar a operação. O tempo é inimigo e o menor período para realizar a cirurgia é um dos fatores para o sucesso ou o fracasso”, conclui. Ele também destaca a importância da habilidade do médico, demonstrando gratidão por ter sido operado por profissionais experientes.


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Sandra Fonseca

Jornalista com MBA em Marketing Estratégico, publicitária e especialista em Lançamento de Infoproduto, atua há 24 anos na área de comunicação. (MTB 28.336)

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