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Audiência pública em Belo Horizonte busca fortalecer a optometria e ampliar acesso à saúde visual

Audiência pública em Belo Horizonte busca fortalecer a optometria e ampliar acesso à saúde visual

Audiência em Belo Horizonte destaca o papel essencial da Optometria na saúde visual no Brasil.

Resumo da matéria

A regulamentação da Optometria ganha destaque em Minas Gerais com uma audiência pública promovida pela CROOMG e alinhada à CBOO. O evento, que acontece no dia 26 de agosto, às 16h, na Assembleia Legislativa, busca fortalecer a atuação dos optometristas, destacar seu papel na atenção primária à saúde visual e enfrentar desafios como a falta de regulamentação e reconhecimento público.

A iniciativa partiu do colegiado da diretoria da CROOMG, alinhada às diretrizes da CBOO

A defesa da óptica e da optometria volta ao centro do debate em Minas Gerais com a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa em Belo Horizonte, no dia 26 de agosto, às 16h. O encontro representa uma oportunidade de dar visibilidade a uma categoria que, apesar de reconhecida em vários países de primeiro mundo, ainda enfrenta entraves para exercer plenamente sua função no Brasil.

A iniciativa do encontro partiu do colegiado da diretoria da Câmara Regional de Óptica e Optometria de Minas Gerais (CROOMG), alinhada às diretrizes da Confederação Brasileira de Óptica e Optometria (CBOO). “Nosso objetivo é debater a regulamentação e dar condições para que a sociedade reconheça o papel essencial dos optometristas na atenção primária à saúde visual”, afirma o presidente da CROOMG, Túlio Lakitini.

presidente da CROOMG, Túlio Lakitini

Entre os principais desafios enfrentados pela categoria, o presidente destaca três pontos críticos: a ausência de uma regulamentação clara que estabeleça o escopo da atuação, a falta de poder do Conselho de Classe para fiscalizar e punir más práticas, e o reconhecimento oficial da profissão pelo poder público.

Além da questão legal, Lakitini defende que a inclusão plena dos optometristas no sistema de saúde poderia ter impacto direto na redução de filas e na ampliação do atendimento. “Todos os estudos mostram que o optometrista, quando integrado à saúde pública, reduz em até 70% a demanda oftalmológica. Isso significa mais agilidade, especialmente para a população de baixa renda, que é a mais penalizada pela demora no atendimento”, explica.

Outro desafio é o desconhecimento sobre as atribuições da categoria, tanto por parte da sociedade quanto de outros profissionais da saúde. “A Optometria já é exercida há muitas décadas em diversos países desenvolvidos. O Brasil tem a chance de aprender com as melhores referências mundiais e construir uma Optometria de excelência, reconhecida globalmente”, afirma Lakitini.

O presidente lembra ainda que o impacto da profissão vai além da correção visual. “O Optometrista está preparado para, em seu atendimento primário, avaliar a verdadeira necessidade do seu paciente, a visão embaçada nem sempre é um problema que se resolve com órtese e prótese. Além disso, o profissional vai desafogar o atendimento primário orientando e encaminhando para cada especialidade conforme urgência”

Esse mesmo olhar para o papel transformador da profissão também se reflete na formação acadêmica. De acordo com a assessora executiva do Grupo Educacional Filadélfia, Maressa Moura, a instituição oferta o curso de Optometria desde 2003, inicialmente no nível técnico. Muito do que a Fafiltec – Faculdade Filadélfia de Tecnologia representa hoje, enquanto instituição de ensino superior, é resultado desse histórico e do compromisso com o aprendizado prático. “Estruturamos o curso reunindo mais de 25 anos de expertise do grupo na formação em saúde visual, aliado a um corpo acadêmico qualificado, para garantir a formação de profissionais competentes e responsáveis”, explica.

Assessora executiva do Grupo Educacional Filadélfia, Maressa Moura

Segundo Maressa, não se trata de uma missão simples, já que a sociedade ainda compreende pouco a atuação do optometrista, mas é uma causa que a instituição abraçou com convicção. Ela defende que os egressos do curso podem contribuir em várias frentes para ampliar a cobertura e reduzir filas de atendimento na saúde visual. “É essencial que o profissional esteja preparado com excelência e qualidade, pois o atendimento optométrico está diretamente ligado à saúde primária. Na prática, isso significa realizar avaliações básicas, como a acuidade visual, oferecendo um cuidado de entrada que desafoga a rede de saúde.”

A assessora reforça ainda que o engajamento político também é indispensável para o fortalecimento da categoria. “O optometrista precisa lutar por espaço e reconhecimento, para viabilizar esse tipo de atendimento de forma mais ampla”, observa.

Para ela, as instituições de ensino superior têm um papel importante nesse processo, não apenas formando profissionais sérios, mas também incentivando a produção científica, o engajamento comunitário e a difusão da profissão em todas as regiões do país. “Além de preparar profissionais para o mercado, buscamos tornar a Optometria cada vez mais brasileira, conectada às necessidades da nossa população, promovendo eventos, simpósios e encontros que fortalecem tanto a profissão quanto a categoria profissional”, finaliza Maressa.


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Renata Barussi

Jornalista com mais de 30 anos de experiência como repórter, redatora para mídias digitais, sites e blogs, e assessora de comunicação e marketing digital. (MTB 24.504)

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