A trajetória, que começou em 1987 como empresa familiar, hoje conta com 43 unidades distribuídas em 10 cidades do estado
O setor óptico brasileiro tem registrado avanços consistentes nos últimos anos, impulsionado pelo aumento da demanda por correção visual, pela diversificação no consumo de óculos solares e pela maior profissionalização das redes. A consolidação de grupos e a expansão de modelos de franquia vêm se mostrando estratégias eficazes para ampliar presença em diferentes regiões do país, especialmente em mercados locais, onde a proximidade com os consumidores e a compreensão das especificidades culturais se tornam diferenciais competitivos.
Nesse cenário, a mineira Centro Visão se destaca como a maior rede de ópticas de Minas Gerais, celebrando em setembro seus 38 anos de atuação e a marca de 43 unidades distribuídas em 10 cidades do estado.
A trajetória, que começou em 1987 como empresa familiar, ganhou novo fôlego após a pandemia, quando o grupo adotou o modelo de franquias. A mudança acelerou a expansão e consolidou a estratégia de manter operações voltadas exclusivamente para o público de Minas Gerais, com a missão de fazer a diferença na vida dos mineiros.
Segundo o sócio-diretor Fernando Cardoso, a origem da rede está intimamente ligada à história de seu pai, David Cardoso, que trabalhou por 17 anos em uma rede de ópticas antes de fundar a Centro Visão. “Ele começou como vendedor, tornou-se gerente, depois supervisor e chegou a diretor comercial. Em 1987 decidiu iniciar o próprio negócio, com muita dedicação, e hoje vemos o resultado desse esforço, uma rede consolidada com dezenas de lojas em Minas Gerais”, relembra Fernando.

A rede, que já emprega diretamente cerca de 200 colaboradores e mantém parcerias com fornecedores e terceirizados, além de movimentar a economia regional, também se posiciona como promotora da saúde ocular. A empresa conta com uma ampla variedade de marcas de lentes, armações e óculos solares, e uma linha própria, a Brands of Company, com coleções exclusivas em parceria com personalidades locais.
Um dos marcos recentes da trajetória foi a mudança da identidade visual. Fernando recorda que a decisão não foi simples. “Durante a maior parte da nossa história, nossa marca era vermelha. Após um estudo com consultoria especializada, entendemos que o vermelho, no olho humano, remete à doença. Decidimos migrar para o azul, como símbolo de cuidado e saúde visual. Foi um grande desafio, mas hoje temos uma marca que representa melhor nossa missão”.
A atuação da Centro Visão vai além do mercado de consumo. Projetos como o “Ver é Bom Demais”, em parceria com a CDL-BH, e o “Centro Visão nas Escolas” reforçam o propósito de ampliar o acesso à saúde ocular, sobretudo entre crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. “Muitos problemas de aprendizagem estão relacionados à dificuldade de enxergar. Com esses projetos, conseguimos detectar casos, oferecer exames e, quando necessário, doar óculos para que esses jovens tenham condições de aprender melhor”, explica Fernando.
A empresa também se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com destaque para a promoção da igualdade de gênero. Atualmente, quase 70% do quadro de funcionários é composto por mulheres, que também ocupam a maioria dos cargos de liderança. “Esse protagonismo feminino aconteceu naturalmente, por mérito. Essas profissionais se destacaram e ajudaram a empresa a crescer”, enfatiza o sócio-diretor.
O futuro da rede segue ancorado em Minas Gerais. A estratégia de crescimento prevê atingir 70 lojas até 2030, mantendo a essência de proximidade com o consumidor mineiro e fortalecendo vínculos culturais locais. “O que nos diferencia de outras redes é o cuidado com as pessoas. Nossas campanhas são conectadas à identidade mineira, seja pelo café, pelo pão de queijo ou pelo jeito de falar. Internamente, também cultivamos esse espírito, já que muitos de nossos franqueados começaram como funcionários e hoje são empreendedores junto conosco”, finaliza Fernando.
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