Julho é o mês da campanha Julho Turquesa, que visa aumentar a conscientização e o tratamento da Síndrome do Olho Seco, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e prejudica sua qualidade de vida. Todos os profissionais da saúde ocular, incluindo optometristas, oftalmologistas e trabalhadores de ópticas, são convidados a se unirem para promover a saúde ocular. Esses profissionais são essenciais para manter a saúde ocular da população. A educação do paciente é uma ferramenta poderosa e todos têm a responsabilidade de informar sobre a Síndrome do Olho Seco. Todos os sintomas, como ardência, areia nos olhos e visão turva, devem ser relatados em cada interação para encorajar a busca imediata de ajuda profissional.

Um estudo nos Estados Unidos levantou preocupações sobre a semaglutida, medicamento para obesidade e diabetes tipo 2 (Ozempic, Wegovy e Rybelsus), associando-o a um maior risco de neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NOIAn). A análise de dados de 17 mil pacientes ao longo de seis anos mostrou que aqueles que usaram semaglutida para obesidade tinham sete vezes mais probabilidade de desenvolver NOIAn, e para diabetes tipo 2, o risco era quatro vezes maior. Embora os resultados sejam alarmantes, os pesquisadores não conseguiram provar uma relação de causa e efeito direta e enfatizaram a importância do acompanhamento médico.

Os avanços tecnológicos estão transformando o mercado óptico, oferecendo novos tratamentos especiais para lentes de óculos que beneficiam tanto consumidores quanto lojistas. Esses tratamentos, como lentes fotossensíveis e com filtro azul, proporcionam maior conforto e proteção visual, atendendo às necessidades de clientes sensíveis à luz solar ou expostos a dispositivos eletrônicos. Lilian Ostermayer, optometrista das Óticas Novo Olhar, destaca que apesar da concorrência com produtos não homologados, os tratamentos especiais geram conforto visual aos clientes e aumentam o faturamento das ópticas. Clientes como a artista visual Cambéll e a designer de joias Alessandra Marques Pereira relatam melhorias significativas na visão e na saúde ocular após optarem por lentes com esses tratamentos, evidenciando os benefícios práticos no dia a dia.

Especialistas alertam para excesso de prescrições médicas para antibióticos para tratamento de conjuntivite em crianças, mesmo que na maioria das vezes não seja necessário. Dados de 2021 indicam que essa prática é comum em 72% das consultas em consultórios médicos, 57% nos prontos-socorros e 34% nas clínicas oftalmológicas. A maioria dos casos de conjuntivite em crianças é causada por vírus, para os quais os antibióticos não funcionam, contribuindo para a resistência bacteriana e efeitos adversos. Especialistas recomendam reduzir prescrições desnecessárias e focar em alternativas de tratamento que aliviem os sintomas sem o uso de antibióticos.

Pesquisadores de uma universidade na Austrália estão testando tratamentos inovadores para insônia sem uso de medicamentos. Em um estudo clínico com 30 participantes, eles utilizaram tecnologia, como óculos que simulam luz solar para regular o ciclo circadiano, e mudanças comportamentais, como restrição de horários de sono e redução do uso de dispositivos eletrônicos. A abordagem mostrou resultados promissores, com 80% dos casos de insônia e apneia tratados com sucesso. A pesquisa destaca a eficácia de intervenções não farmacológicas no combate a distúrbios do sono.

O texto aborda a importância de considerar o impacto das condições genéticas, como o Autismo e a Síndrome de Down, na saúde ocular infantil. Essas condições não apenas afetam o desenvolvimento cognitivo, mas também a percepção visual, frequentemente resultando em problemas como astigmatismo, estrabismo e miopia. Essas dificuldades visuais podem influenciar o desenvolvimento social e emocional das crianças, tornando necessária a correção óptica, muitas vezes com óculos. A detecção precoce desses problemas é crucial para garantir intervenções eficazes e melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas.

A OMS lançou a iniciativa SPECS 2030 para reduzir em 40% os erros refrativos não corrigidos até 2030. Esses problemas de visão, como miopia e hipermetropia, afetam milhões de pessoas, especialmente em países de baixa e média renda, prejudicando sua qualidade de vida e perpetuando a pobreza. A SPECS 2030 visa ampliar o acesso a exames oftalmológicos, distribuir óculos e lentes de contato, promover campanhas de conscientização, treinar profissionais de saúde e integrar serviços de saúde ocular nos sistemas de saúde. Corrigir esses erros melhora a saúde visual e a produtividade econômica. A colaboração global entre governos, ONGs, comunidades e setor privado é essencial para alcançar essa meta