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Vitrinismo e visual merchandising

Vitrinismo e visual merchandising

Vitrinismo e visual merchandising elevam a experiência nas ópticas.

No varejo óptico a competição pela atenção do cliente é acirrada, onde a concorrência é cada vez mais disputada a cada segundo.  As estratégias eficazes de vitrinismo e visual merchandising tornam-se armas poderosas para atrair, envolver e converter visitantes em clientes fiéis, cada uma com suas características e particularidades.

Vitrinismo é a arte de criar composições visuais atrativas em vitrines, enquanto o visual merchandising envolve a disposição estratégica de produtos e elementos visuais dentro da loja. Ambas as práticas buscam não apenas exibir os produtos, mas também contar uma história, criar uma atmosfera e despertar emoções no cliente. Desde a escolha dos produtos em destaque até a iluminação e a ambientação, cada detalhe é cuidadosamente planejado para maximizar o apelo estético e comercial.

As funcionalidades e a moda se encontram e no mercado óptico não é diferente. O vitrinismo e o visual merchandising desempenham papéis cruciais. Ao criar vitrines que refletem as últimas tendências em óculos de sol e de grau, as ópticas não apenas atraem a atenção dos pedestres, mas também estabelecem sua posição como referência em estilo e inovação. Dentro da loja, uma disposição estratégica dos produtos não apenas facilita o transitar do cliente, mas também ressalta a diversidade de opções disponíveis, aumentando as chances de venda.

Investir em técnicas profissionais de vitrinismo e visual merchandising não é apenas uma questão de estética, mas também de lucratividade e fidelização do cliente. Ao criar ambientes convidativos e experiências memoráveis, a ótica pode impulsionar suas vendas e fortalecer sua identidade de marca. Além disso, uma atmosfera acolhedora e bem planejada pode aumentar o tempo de permanência do cliente na loja, proporcionando mais oportunidades de venda e interação.

A Ótica Celina, localizada em Rondônia, teve um aumento significativo nas vendas, após investir em ações de marketing, de acordo com a proprietária, Celina Marta Corso. “A vitrine tem por objetivo mostrar o que a empresa vende, e ela vende sozinha porque faz despertar nas pessoas, ideias, emoções e sensações que levam ao desejo de adquirir aquele produto que está sendo visualizado”.

A empresária diz que para despertar emoções, sensações e desejo de compra os produtos devem ser expostos utilizando-se elementos decorativos que levam a essa sensação, seja na vitrine ou no espaço interno da empresa. “Nós somos seres emotivos, compramos pela emoção, e para envolver o cliente, despertar esse lado sentimental dele, seguimos um calendário de datas comemorativas em que implementamos campanhas”.

Celina deu detalhes da última decoração comemorativa da loja, o Natal. “Decoramos toda a loja, interna e externamente, a vitrine ficou bem atrativa, cheia de elementos natalinos, criamos um clima de natal total, com som ambiente onde a emoção estava no ar. Trabalhamos forte nas mídias a questão de presentear com óculos, seja de grau ou de sol, mostrando para as pessoas que o presente tem algo a mais que é o cuidado com a visão, com a proteção. Percebemos um aumento expressivo de venda de óculos de sol em relação ao natal anterior”.

As campanhas sazonais envolvem desde a decoração interna e vitrine, bem como as mídias sociais e divulgação em rádio, outdoor, carro de som, eventos específicos atrelados a alguma data comemorativa ou não. Outra estratégia são os eventos de lançamentos de novas coleções, com coquetel, realizados normalmente após as feiras, quando começam a chegar as novidades.

Na Ótica Celina os produtos são expostos estrategicamente, apenas algumas peças, com a finalidade de não provocar uma poluição visual, e as pessoas possam pegar e provar. Os óculos são separados por marcas, tipo e gênero. Os solares ficam separados das armações para um atendimento mais personalizado.

“A divulgação de uma empresa é tudo, ela precisa se vender. Quando falo ‘se vender’ quero dizer que a minha marca seja reconhecida, lembrada pelas pessoas, sempre que elas precisarem de óculos, relógios ou semijoias.  Para que a Óptica Celina seja lembrada, reconhecida, vai depender de todas as ações de marketing que utilizamos, e o vitrinismo e visual merchandising fazem parte desse todo, eles comunicam, mostram, atraem e vendem”, conclui Corso.

Celina Marta Corso, empresária

Além do vitrinismo e do visual merchandising, a arquitetura tem um papel fundamental no processo visual de uma óptica.

A designer de interiores Jandyra Lúcia Bez Zanella ressalta que a marca faz parte de toda a loja e está intrinsecamente ligada, não somente com o uso da logo mas com os princípios da mesma. Loja clean, formato lego possibilitando autonomia e mudanças de layout, moderna, elegante e atual.

“Compreender, acima de tudo, que são pessoas para pessoas. De nada adianta um projeto lindo, bem embasado, focado na experiência do consumidor se o atendimento prestado não estiver alinhado com os princípios da marca e das boas maneiras no contato direto com o mesmo”, afirma Jandyra.

Para a designer, o maior desafio foi a cultura de atendimento ao público, pois as óticas, segundo ela, de modo geral, são engessadas, com o mesmo modelo de formatação de atender, com mesa individual, exposição sem permitir ao cliente chegar aos produtos, atendente fazendo todo o papel. “Foi superada com várias reuniões de alinhamento, muita pesquisa e dados compartilhados. A Zoom tem esse viés de ser e fazer diferente para ter resultados diferentes. Criar soluções para atingir o máximo de consumidores, em suas diversas formas. Alguns exemplos são o uso de mesas compartilhadas possibilitando um maior número de pessoas sendo atendidas e que possam trocar informações, como por exemplo falar ‘que lindo esse modelo ficou em você’, exposição livre acesso para escolher, tocar, sentir os produtos, e várias outras questões. O marketing sensorial está em todo o ambiente. Foi criada uma loja de modelo fluído, leve e que se transforma de acordo com a necessidade (Lego), possibilitando novas formatações”.

De acordo com Jandyra a mudança chegou e está nos novos carros híbridos e elétricos, na forma que adquirimos conhecimentos pela internet, na maneira como nos relacionamos com nossos lares, pela Alexa. “Então, é de suma importância que as empresas saiam de sua zona de conforto e venham para 2024. Vimos a transformação virtual chegar com força total. Biofilia, marketing sensorial, visual merchandising, neuroarquitetura, elementos naturais e sustentáveis. Nosso desejo de consumo é vivenciado com nosso desejo de vida. Existe uma mescla entre ser e estar e ninguém compra o que não deseja. O desejo nasce da curiosidade e do interesse, cabe a nós fomentarmos para ele desabrochar”, conclui Zanella.

Jandyra Lúcia Bez Zanella, Designer de Interiores

Em resumo, o vitrinismo e o visual merchandising estão redefinindo a experiência do cliente nas ópticas, oferecendo não apenas produtos de qualidade, mas também uma jornada visual e emocional única. Para as ópticas que buscam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, investir nessas práticas é mais do que uma escolha, é uma necessidade.

Por Sandra Fonseca

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Sandra Fonseca

Jornalista com MBA em Marketing Estratégico, publicitária e especialista em Lançamento de Infoproduto, atua há 24 anos na área de comunicação. (MTB 28.336)

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