O Brasil conta com 57.669 lojas de varejo de acordo com levantamento da Abióptica – Associação Brasileira da Indústria Óptica, um mercado concorrido em constante atualização, e quem não se atualiza fica para trás, o que vale também para os colaboradores, principalmente os vendedores e consultores ópticos.
Um vendedor de óculos é aquele que atende o cliente comercialmente, com foco lá na frente visando somente concluir a venda e emitir a nota. Já o consultor óptico é o profissional que oferece um atendimento mais completo ao consumidor, não apenas com viés comercial, mas também oferece uma consultoria técnica sobre a melhor lente, a armação mais adequada, interpretando as prescrições médicas, e ainda promovendo o acompanhamento do cliente quanto à melhora da acuidade visual e conforto.
Para ser um consultor óptico de sucesso é preciso dedicação e estudo e para isso existem cursos específicos. O empresário e palestrante, Anderson Vieira, criador do perfil “Seu Consultor Óptico” é uma opção para quem quer adquirir conhecimento e se tornar um consultor óptico. Ele oferece treinamento profissionalizante mostrando a importância de não ser um vendedor comum, aquele que só tenta empurrar um produto. “Nosso trabalho é focado na profissionalização, para que o profissional consiga interpretar corretamente receitas, entender a importância de conhecer os produtos que trabalha e fazer a indicação mais assertiva para cada tipo de cliente. O consultor deve estar ali para ajudar o cliente, oferecendo orientação e uma solução personalizada”.
Anderson Vieira, consultor óptico
Érika Camelo é consultora óptica em Nova Russas, no Ceará. Trabalhando em ópticas há seis anos, ela afirma que nesse ramo é preciso ter muita vontade de aprender para se destacar e crescer. Já fez vários cursos e não para de se atualizar. Ela dá a dica para quem quer deixar de ser um vendedor e se tornar um consultor óptico de sucesso. “Seja curioso e não tenha preguiça de pesquisar, de estudar e se especializar, assim o cliente sentirá confiança em comprar com você, o que gera mais resultados”.
Érika Camelo, consultora óptica
Outro case de sucesso como consultora óptica é o da Alana Rafaela Munhoz, de Porto Ferreira, interior de São Paulo. Trabalhando em ópticas há 8 anos não se contentou em saber apenas o básico. Foi em busca de mais aprendizado e não parou mais. Hoje é gerente da loja onde trabalha. “Quando você faz cursos e estuda para ser uma consultora, começa a enxergar o cliente não só como uma pessoa que entrou na sua loja para comprar uma lente e uma armação. Você consegue entender as necessidades dele e oferecer um contato mais humanizado”.
Alana Rafaela Munhoz, consultora óptica
De acordo com o empresário Milson Cunha, proprietário de seis lojas em Guarulhos, São Paulo, uma óptica não é somente um ponto comercial, trata-se de um estabelecimento de saúde, e por isso os colaboradores necessitam de conhecimento técnico também, não apenas comercial. Nas lojas de Milson os consultores recebem treinamento semanal. “A qualificação profissional permite ter uma carteira de clientes mais assíduos. Quando a óptica oferece capacitação aos seus funcionários ela também é beneficiada. Haverá uma boa prestação de serviço, mais retenção e confiabilidade do cliente, maior índice de recompra, aumento do ticket médio, giro de pessoas dentro da loja, e aumento da indicação para familiares e amigos”.
“Quem quiser crescer neste ramo de consultoria óptica, o primeiro passo é gostar de pessoas. Não enxergue o cliente como um cifrão. Coloque-se na posição de que você é o profissional que está ali para intermediar uma melhor qualidade de vida para ele”, destaca Anderson.
“Um consultor óptico não vê o cliente como um número. Tem que oferecer um atendimento individualizado e personalizado. Com a capacitação, estudo e atualização constante, nos últimos anos o meu salário aumentou em torno de 30 a 40%”, comemora Alana.
Por Renata Barussi
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