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Diploma de técnico óptico por reconhecimento pode prejudicar saúde ótica da população

Diploma de técnico óptico por reconhecimento pode prejudicar saúde ótica da população

Formação inadequada de técnicos ópticos ameaça qualidade dos serviços visuais.

A Abióptica-Associação Brasileira da Indústria Óptica vê a concessão de diploma de técnico óptico por reconhecimento com muita preocupação. “Trata-se de uma função fundamental dentro da cadeia de saúde óptica e não pode ser exercida sem o devido reconhecimento e formação”, afirma Ambra Nobre Sinkoc, diretora Executiva da Abióptica.

Ambra Nobre Sinkoc, diretora Executiva da Abióptica
Ambra Nobre Sinkoc, diretora Executiva da Abióptica

A certificação por competência é legal e está respaldada pelo artigo 41 do Capítulo III da renomada Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a Lei 9.394/96. Em síntese, é a concessão de diploma a alguém que tenha anos de experiência prática, mas sem ter passado por qualquer curso oferecido pelas escolas de formação que atuam no setor.

O técnico óptico é o profissional encarregado da montagem e manutenção de óculos e lentes de contato, faz a realização de medidas ópticas, sempre seguindo as prescrições dos profissionais de saúde visuais habilitados. “Entregar essa tarefa a pessoa sem qualificação é pôr a saúde visual da população em risco”, diz a executiva. “Ser um profissional consciente é saber que o caminho mais rápido e barato não é o melhor caminho, pois uma carreira profissional sólida e responsável nunca é rápida e simples”, completa.

Fabiano Paes, CEO da OWP Educação, aponta alguns dos problemas que podem surgir quando ocorrem erros na confecção de óculos e de lentes de contato. “As pessoas podem passar por desconforto visual, dores de cabeça, problemas de visão não corrigidos adequadamente e, em casos extremos, até danos permanentes à visão”, alerta. A falta de orientação correta e de informações sobre o cuidado adequado com as lentes de contato também pode levar a infecções oculares e outras complicações graves.

Fabiano Paes, CEO da OWP Educação,
Fabiano Paes, CEO da OWP Educação

Atendimento

Eliazer Lopes de Moura, CEO do Grupo Educacional Filadelfia, lembra que o técnico óptico é um dos elos fortes da cadeia de atendimento do setor. “A pessoa bem formada cria laços com o cliente, fideliza, porque presta um serviço de qualidade”, explica. “Sem a qualificação adequada, o atendente não sabe como atender o público, o que acaba depondo contra a credibilidade do setor e afeta os negócios”, lamenta Moura.

Eliazer Lopes de Moura, CEO do Grupo Educacional Filadelfia
Eliazer Lopes de Moura, CEO do Grupo Educacional Filadelfia

Paes, CEO da OWP Educação, informa que o técnico óptico tem também a responsabilidade de zelar para que todos os produtos estejam em conformidade com os regulamentos técnicos brasileiros. “Os serviços e produtos oferecidos nas ópticas precisam estar de acordo com as normas e regulamentações vigentes”, afirma e completa, “pessoas com baixa ou nenhuma qualificação não têm conhecimento para assumir uma responsabilidade dessa envergadura”.

Seleção do curso

Em todo o Brasil existem escolas de formação de técnicos ópticos e, ao mesmo tempo, empresas que vendem a certificação por conhecimento. Moura, do Grupo Educacional Filadelfia, dá uma primeira dica de como escolher a escola de formação. “Precisa ter aula presencial nos laboratórios, se não é impossível formar alguém”, adverte. A fiscalização das escolas que oferecem cursos ópticos é responsabilidade das Secretarias Estaduais de Educação, por intermédio dos seus respectivos Conselhos Estaduais de Educação.

Para evitar prejuízos ao procurar um curso profissionalizante, o profissional ou futuro profissional deve adotar os seguintes cuidados:

Verificar o Reconhecimento: Certificar-se de que o curso é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Isso pode ser feito consultando o site do MEC ou verificando a documentação fornecida pela instituição de ensino.

Analisar a Grade Curricular: Revisar a grade curricular do curso para garantir que ela cobre todos os aspectos essenciais da formação em óptica, incluindo teoria e prática.

Conhecer o Corpo Docente: Informar-se sobre a qualificação e experiência dos professores que ministram o curso.

Visitar a Instituição: Se possível, visitar a instituição para conhecer as instalações e verificar se elas possuem a infraestrutura adequada e laboratórios para a formação prática.

Seguindo esses passos, o profissional ou futuro profissional pode aumentar suas chances de escolher um curso de qualidade que ofereça uma formação sólida e reconhecida no mercado.

Mesmo que o profissional já tenha experiência prática, é prudente consultar as instituições de ensino sérias e reconhecidas pelo MEC. “É importante essa consulta para que ele escolha qual o melhor formato para sua habilitação plena e não caia no erro de buscar reconhecimento por competência em entidades e processos questionáveis”, adverte, a diretora Executiva da Abióptica.

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Assessoria de imprensa

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