A integração da inteligência artificial (IA), o uso de dados biométricos e a fabricação personalizada de lentes são alguns dos fatores que têm contribuído para essa evolução.
O setor óptico tem experimentado uma transformação significativa nos últimos anos, impulsionada por avanços tecnológicos que visam aprimorar a precisão e o conforto das lentes. A integração da inteligência artificial (IA), o uso de dados biométricos e a fabricação personalizada de lentes são alguns dos fatores que têm contribuído para essa evolução.
A inteligência artificial tem sido um componente fundamental na melhoria das lentes. Algoritmos sofisticados permitem que as lentes sejam projetadas de forma personalizada, considerando as características exclusivas de cada olho. A IA facilita a interpretação de dados coletados por equipamentos modernos, ajustando as lentes conforme as necessidades específicas de cada usuário.
O uso de dados biométricos representa outro avanço significativo. Equipamentos capazes de medir parâmetros internos do olho, como profundidade da câmara anterior, espessura da córnea e tamanho da pupila, permitem a criação de um perfil detalhado para cada paciente. Esses dados são fundamentais para a fabricação de lentes que proporcionam uma visão mais clara e confortável.
Entre as empresas que se empenham em trazer inovações para o setor está a Rodenstock. Fundada em 1877, a empresa tem se dedicado a oferecer a maior precisão óptica e conforto aos usuários de óculos. Nos últimos dez anos, a Rodenstock enfrentou diversos desafios para desenvolver as lentes B.I.G. NORM®️, uma tecnologia que promete revolucionar o mercado.
De acordo com o presidente da Rodenstock Brasil, Hugo Mota, o primeiro desafio foi identificar o que faltava na fabricação das lentes progressivas, pois até então, a indústria óptica utilizava um padrão estático de olho, criado em 1900. “Esse modelo padrão era insuficiente para atender às necessidades individuais dos usuários, resultando em lentes precisas para apenas 2% dos consumidores”, diz.
Para resolver essa questão, foi necessário desenvolver o DNEye® Scanner, um equipamento capaz de medir parâmetros internos do olho e criar um banco de dados biométrico individual para cada usuário. A integração desses dados na fabricação das lentes foi outro grande obstáculo superado, ao desenvolver algoritmos específicos para interpretar os dados coletados. “O DNEye® Scanner é uma peça fundamental para entender as especificidades de cada olho humano”, afirmou Mota.
Além disso, a empresa teve que modernizar seu parque fabril em 85 países e treinar profissionais para absorver essa tecnologia inovadora. Materiais didáticos foram criados para formar e informar especialistas em ópticas e oftalmologia, culminando no lançamento dessa tecnologia globalmente.
A inteligência artificial desenvolvida pela Rodenstock compara as prescrições médicas com o vasto banco de dados biométrico, atualizado continuamente, para criar um modelo biométrico aproximado para cada olho. “Nossa IA permite uma precisão inédita na fabricação de lentes, ajustando-se perfeitamente às necessidades individuais de cada usuário”, explicou o presidente.
As lentes B.I.G. NORM®️ oferecem vantagens significativas em relação às lentes progressivas tradicionais. Segundo Mota, para ratificar os efeitos positivos desta nova tecnologia a Universidade de Ciências Aplicadas de Munique, conduziu testes com 2.800 usuários de óculos padrão, convidando-os a experimentarem novos óculos com lentes B.I.G NORM, Lentes Biométricas Inteligentes da Rodenstock, produzidos com a nova norma por inteligência Artificial.
“Os resultados apurados foram que 97% relataram que experimentaram aberrações periféricas reduzidas, o que lhes confere segurança em orientação de movimentos ou mudanças laterais; 94% experimentaram uma zona de progressão mais ampla na lente, total conforto com menor esforço de movimentos da cabeça; 91% experimentaram um reduzido efeito de flutuação, segurança em caminhar e descer escadas; e 97% experimentaram aberrações reduzidas para longe, segurança ao caminhar, dirigir, ter uma visão de foco preciso no ponto de interesse não importando se perto ou longe”, ressalta o presidente.
Mota ainda afirma que com as novas lentes o usuário percebe que é capaz de sustentar seu olhar em qualquer ângulo, através de todas as partes da lente, o que não é possível com o modelo padrão, que exige maiores movimentos dos olhos e da cabeça, tanto na horizontal quanto na vertical, gerando um esforço constante que reflete em cansaço e mal estar após a jornada de um dia comum.
“A experiência de usar uma lente progressiva para caminhar e perceber uma visão clara, nítida e segura em todas as distâncias, permitindo movimentos livres e naturais, sem estresse, facilita a orientação com foco preciso e seguro, mesmo ao dirigir. Não tem comparação com nenhum outro sistema de lentes padrão disponível hoje”, finaliza.
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