A miopia, dificuldade de enxergar de longe, está se tornando uma condição global que obriga que a pessoa diagnosticada com a patologia use óculos para ler a lição que a professora coloca no quadro, para ver a bola num jogo de futebol, para ler o nome do ônibus na parada ou mesmo uma legenda na tv. Esta condição pode afetar a todas as pessoas, independentemente de idade. Mas o fato é que a miopia geralmente aparece na infância.
Além de fatores genéticos – sabemos que se ao menos um dos pais for míope, a chance da criança também desenvolver este erro refrativo é maior – a miopia pode ter como causa os fatores externos associados ao estilo de vida. A predominância em ambientes internos, com uso intensivo do computador e outros dispositivos digitais – que força um foco maior na visão de perto – é considerado um dos fatores relacionados ao aumento da patologia, em todo o mundo. Para que a visão não fique acomodada a enxergar só o que está próximo, recomenda-se que a cada hora de uso do computador, videogame, smartphone ou outra “tela”, a criança descanse de 20 a 30 minutos fora destas atividades. Os pais também devem estimulá-las a praticar atividades ao ar livre não somente pelas questões relacionadas à miopia, mas também pelo fato de atividades ao ar livre serem benéficas às crianças.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já considera a miopia como a epidemia do século XXI. De acordo com a American Academy of Ophthalmology, se nada for feito para barrar o aumento dos casos, até 2050, 50% da população mundial terá a doença. E a pandemia do Coronavírus contribuiu para que este processo se agravasse ainda mais. Sete em cada dez médicos entrevistados em um levantamento realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) identificaram o aumento na incidência de miopia nos pacientes pós período pandêmico.
Um estudo elaborado pelo Brien Holden Vision Institute (BHVI), da Austrália, realizado em 2016, apontou que a prevalência global de miopia no ano 2.000 atingia 22% da população. No ano de 2010 esse número saltou para 28% e no ano da pandemia, 2020, a porcentagem foi de 34%. No Brasil, segundo publicação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia – CBO, os dados não são muito precisos, mas estima-se que o problema de refração esteja presente em 30% da população.
Uma condição com grandes consequências, a miopia na infância também aumenta o risco de doenças oculares de maior gravidade na idade adulta, como o glaucoma, a catarata, o descolamento da retina ou mesmo a maculopatia míopie, na idade adulta. Felizmente, já está disponível em todo território nacional lentes que atuam com essa função de corrigir e controlar o alongamento do olho e a progressão da miopia na infância. As lentes MyCon, fabricadas pela Rodenstock, líder global em tecnologia óptica, contam com o chamado desfoque periférico ou DIMS. Estas lentes são especialmente projetadas para corrigir a miopia e controlar a sua progressão em crianças. A tecnologia utilizada na fabricação desse modelo de lente corrige a miopia enquanto controla o alongamento do olho, graças à luz que é refratada com o objetivo de atingir a frente da retina, um aspecto crucial para controlar este alongamento. O seu campo de visão central sem distorções, mantém a visão das crianças mais limpa e transparente, onde mais é requerida, o que facilita e melhora a adaptação às novas lentes.
Um dos diferenciais de MyCon está de fato ligado às suas três zonas distintas de visão: a central, onde a potência óptica corresponde à refração nominal do usuário; a temporal de potência progressivamente crescente até 2.5 dioptrias (D), e ; a nasal de potência progressivamente crescente até 2.0D. A principal vantagem de usar esse tipo de tecnologia é unir a necessidade do uso de óculos com uma lente que ajuda também a controlar a progressão da miopia.
A eficácia das lentes de óculos baseadas nos princípios da fabricante Rodenstock foi comprovada em um estudo clínico independente e de longo prazo que analisou a progressão da miopia em crianças europeias com idades entre 6 e 14 anos, cujo perfil anatômico ocular é semelhante ao da maioria das crianças brasileiras. O estudo, realizado ao longo de 5 anos, em um período pré-pandemia, demonstrou que as lentes de óculos MyCon podem retardar a progressão da miopia em até 40% e são adequadas para todas as crianças, mesmo em estágios iniciais da condição. Para monitorar a progressão da miopia ao usar os óculos, as crianças foram examinadas antes do início do estudo, e após 6 meses, 12-18 meses, 2 anos, 3 anos e 4-5 anos.
A indicação do uso das lentes Mycon se faz para crianças de 6 até 14 anos de idade. A vantagem de se iniciar o tratamento o mais rápido possível é que a criança, e o adolescente, que esteja clinicamente indicado a usar óculos para corrigir a miopia, utilize um único produto que faz as duas funções – corrige e trata a patologia. É um avanço significativo de resposta para o paciente. Outra vantagem do produto refere-se à garantia de troca das lentes gratuitamente nos primeiros seis meses – pós consulta – caso a variação da progressão do grau de miopia esteja =0>+0.75D.
As lentes MyCon podem ser encontradas nas melhores ópticas de todo o Brasil e estão disponíveis em todos os índices (1.5, 1.6, 1.67 e 1.74) e com a aplicação de todos os antirreflexos da marca Rodenstock, o que torna o produto ainda mais versátil e adequado a diferentes perfis de pacientes e dioptrias.
Diante de todo o cenário apresentado, mais do que nunca prevalece a recomendação de que os pais e responsáveis devam submeter as crianças a consultas semestrais ao médico oftalmologista.
Contribuiu para este artigo, a doutora Carolina Paes, médica oftalmologista especializada em estrabismo e oftalmopediatria
@rodenstock_brasil
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