O Junho Violeta é uma campanha nacional dedicada à conscientização sobre o ceratocone — uma doença que compromete a curvatura da córnea e, com isso, afeta diretamente a qualidade da visão. A condição, que costuma surgir entre o final da infância e o início da vida adulta, pode progredir silenciosamente e gerar prejuízos severos se não for diagnosticada precocemente.
No varejo óptico, a campanha representa mais do que um compromisso com a saúde ocular: é também uma oportunidade concreta de orientar o cliente com informação e acolhimento, por isso é muito importante que os gestores estejam preparados para capacitar as equipes de atendimento para reconhecer sinais que merecem atenção. Afinal, em muitos casos, é na óptica que o consumidor expressa pela primeira vez os incômodos visuais que podem estar associados ao ceratocone.
O que é ceratocone?
O ceratocone é uma doença progressiva caracterizada pelo afinamento e pela curvatura irregular da córnea, que adquire um formato cônico — daí o nome. Isso compromete a formação da imagem na retina, causando distorções, embaçamento, sensibilidade à luz e dificuldade para enxergar mesmo com o uso de óculos convencionais.
O diagnóstico é clínico e deve ser feito por um médico oftalmologista, por meio de exames como a topografia de córnea. Embora o ceratocone não tenha cura, o avanço da doença pode ser controlado com acompanhamento adequado. O tratamento varia conforme a gravidade do caso e pode incluir uso de óculos, lentes de contato especiais (como rígidas ou esclerais) e, em situações mais graves, procedimentos cirúrgicos como implante de anel intracorneano ou transplante de córnea.
Por que a óptica deve estar atenta?
O ceratocone costuma ser confundido com erros refrativos como miopia ou astigmatismo. O problema é que, à medida que a doença progride, a correção visual tradicional deixa de ser eficaz, e o cliente passa a relatar desconfortos recorrentes.
No atendimento em loja, é comum ouvir relatos como:
- “Meu grau aumenta o tempo todo.”
- “Troquei os óculos há pouco tempo e já estão fracos.”
- “Mesmo com lentes novas, continuo vendo embaçado.”
- “Tenho dificuldade para me adaptar a qualquer lente.”
Esses são indícios que, embora não confirmem o diagnóstico, devem acender um sinal de alerta na equipe da óptica. Um profissional bem preparado sabe que a conduta ética é orientar este cliente a buscar uma avaliação oftalmológica especializada, explicando de forma clara e respeitosa a importância desse cuidado.
Como engajar a equipe de atendimento
Para que a campanha de fato reflita na rotina da loja, é essencial envolver a equipe desde o início. O primeiro passo é oferecer orientações internas simples e diretas: o que é ceratocone, quais sinais podem surgir no relato do cliente e como lidar com essas situações de forma responsável.
Algumas ações práticas incluem:
- Pequenos treinamentos durante as reuniões de equipe.
- Distribuição de fichas com perguntas e respostas sobre o tema.
- Simulações de atendimento para reforçar a abordagem adequada.
Vale lembrar que o objetivo não é formar especialistas, mas garantir que os colaboradores reconheçam sinais importantes, ofereçam uma escuta qualificada e orientem os clientes corretamente em cada caso. Essa atitude não apenas melhora o atendimento, como contribui diretamente para o papel da óptica como agente de prevenção em saúde ocular.
Durante o Junho Violeta, a óptica também pode ampliar sua presença como fonte de informação confiável. Usar os canais digitais (como Instagram, WhatsApp e site) e físicos (vitrine, cartazes, displays e folhetos) para compartilhar conteúdos educativos é uma maneira eficaz de alcançar o público local e fidelizar clientes.
Mensagens como:
- “Você troca de óculos com frequência, mas continua vendo embaçado?”
- “Conheça os sinais do ceratocone, uma doença que afeta milhares de brasileiros.”
- “Saúde visual começa com informação. Fique atento ao Junho Violeta.”
Esse tipo de conteúdo, quando produzido com responsabilidade, mostra ao cliente que a óptica está comprometida com algo além da venda: o cuidado com a visão de forma integral.
Lentes especiais e novas demandas no atendimento
Em muitos casos, após o diagnóstico, o cliente retorna à óptica com receita para lentes rígidas, esclerais ou híbridas — recursos essenciais para a correção visual em estágios moderados e avançados do ceratocone. Ter equipe técnica preparada para orientar sobre essas lentes, fazer a encomenda correta ou até indicar profissionais especializados para a adaptação é um diferencial competitivo para a ótica.
Essa demanda exige mais do que conhecimento técnico: requer empatia, paciência e atenção aos detalhes. A óptica que investe nesse tipo de atendimento agrega valor ao serviço prestado e amplia sua reputação como referência em soluções personalizadas.
O Junho Violeta é mais do que um mês simbólico no calendário da saúde visual. Para o varejo óptico, é um chamado à ação: orientar clientes, qualificar equipes e se posicionar como parte ativa da rede de prevenção e cuidado.
Engajar a equipe e informar corretamente o público são atitudes que fortalecem a imagem da ótica, contribuem para diagnósticos precoces e, acima de tudo, colocam a saúde ocular como prioridade. Um diferencial que, cada vez mais, será reconhecido e valorizado pelo consumidor.
Se a sua ótica ainda não está envolvida com o Junho Violeta, este é o momento certo para começar.
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