No início de fevereiro, a MIDO 2025 abriu suas portas em Milão, consolidando-se mais uma vez como o maior evento óptico global e um verdadeiro trampolim de tendências. Este ano, a cor verde esteve presente nas armações apresentadas, capturando a atenção e olhares curiosos dos visitantes. Vale destacar que, embora a Pantone tenha anunciado a Mocha Mousse como a cor de 2025, um tom de marrom suave e sofisticado, o verde continua a ter um destaque significativo no setor óptico.
Algumas grandes marcas, como Ray-Ban, Dolce&Gabbana e Persol, se destacaram com suas coleções em verde, oferecendo desde tons discretos como o verde-musgo até o vibrante verde-limão. Este movimento não é apenas estético, mas também reflete um desejo dos consumidores por autenticidade e estilos únicos, conforme reafirma Serjão Óptico, especialista em tendências do mercado óptico. Ele comenta:
“Na MIDO, vendo de perto as marcas independentes, designers e criadores, encontrei acetatos variados, colagens fantásticas, desenhos lindos e, às vezes,bem ousados, cores variadas, com predominância do azul, o pantone da vez, mocha mousse, tons pastéis e o verde ainda muito em alta, a ponto de ser chamado o novo preto”, afirma Serjão.
Luiza Morando, reconhecida visagista e influenciadora digital, também abraçou esta tendência em sua colaboração com a Colcci, lançando um modelo assinado na cobiçada tonalidade verde musgo.
As tendências apresentadas na MIDO unem também sustentabilidade, sofisticação e sensorialidade. Destacam-se as armações que exploram texturas naturais e efeitos táteis, transformando os óculos em verdadeiras experiências sensoriais. Segundo Iza Arantes, Visagista óptica, o contraste de cores também ganha protagonismo: tons de verde e marrom dialogam em harmonia ou tensão, refletindo a dualidade entre tradição (Mocha Mousse) e inovação (verdes vibrantes). Essa paleta reforça a conexão entre o natural e o tecnológico, criando um impacto visual sofisticado e atual”, reforça a visagista óptica.
Além disso, as texturas deixam de ser apenas materiais para se tornarem narrativas. Madeira, metal e tecido contam histórias de sustentabilidade, luxo ou rebeldia, elevando as armações a peças de expressão individual. A aplicação de tecidos nobres, como veludo e couro vegetal, combinada com lentes de efeitos multissensoriais, intensifica essa imersão tátil e emocional.
Para a Iza Arantes, “Essa experiência sensorial redefine o conceito de “ser visto”, tornando os óculos não apenas acessórios, mas extensões da personalidade. A fusão entre visão e tato transforma cada peça em um objeto de interação física e emocional, reafirmando que o design óptico vai além da estética, ele conta uma história única para quem usa e para quem observa”, afirma a visagista óptica.
Esse movimento confirma que o tradicional preto, que reinou por tanto tempo, começa a ceder espaço para uma paleta mais vibrante e diversificada. Essa mudança é guiada pela busca dos consumidores por acessórios que ecoem suas personalidades únicas. Alexandre Borges, expert em gestão de ópticas, profissional com mais de 500 mentorados, reforça a importância da variedade:
“A diversificação do portfólio é fundamental. Para uma óptica prosperar, precisa oferecer, no mínimo, 30 marcas distintas e uma ampla gama de produtos para atrair e satisfazer plenamente seu público-alvo.”
Neste cenário dinâmico, é fundamental que as ópticas se mantenham à frente, compreendendo e prevendo as tendências de consumo. Investir em armações verdes e manter um catálogo robusto e variado não só alinha a loja com as tendências de moda, como enriquece a experiência do cliente. A abordagem estratégica às estéticas emergentes fortalece a ligação emocional com consumidores, integrando moda e funcionalidade.
📱 Clique aqui para seguir o canal do Fique de Olho no WhatsApp
COMPARTILHAR:
